O Governo antecipou para 2026 a meta de criação de 30% de áreas marinhas protegidas, inicialmente prevista para 2030, anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro, que afirmou que Portugal pretende manter uma “posição de charneira na economia azul”. Estes anúncios foram feitos por António Costa no Fórum de Investimento na Economia Azul Sustentável, que decorre esta quarta no Centro de Congressos do Estoril, em Lisboa, e visa “debater o crescimento económico impulsionado pela economia do oceano”.a área das energias renováveis, António Costa referiu que Portugal tem a ambição de “atingir uma capacidade instalada de produção de energia eólica offshore de dez gigawatts até 2030”.A par destes anúncios, António Costa salientou que Portugal está “fortemente empenhado na descarbonização do transporte marítimo” e “continua a investir ativamente em infraestruturas para a economia azul”, referindo que, no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), está previsto um “plano de financiamento de 87 milhões de euros para a criação do Hub Azul” Portugal, “uma rede de centros de investigação e desenvolvimento e de universidades focadas na ciência, tecnologia e inovação marinhas”.Esse hub, segundo o primeiro-ministro, irá “duplicar o número de startups a operar em Portugal na área da economia azul, bem como o número de projetos apoiados por fundos públicos”.Costa destacou que Portugal quer ser “um pólo europeu de excelência na área da biotecnologia azul, atraindo investimento e know-how (em português, saber como) de todo o mundo para desenvolver ciência de ponta e gerar novo valor de mercado”, estando a ser criado, nos terrenos da antiga refinaria de Matosinhos, o Centro Internacional de Biotecnologia Azul.O chefe do executivo referiu que, “para poucos países o mar é tão fundacional como para Portugal” e sublinhou que, a nível nacional, “a bioeconomia e a biotecnologia azul já desempenham um papel fundamental”.”Mas o potencial de crescimento é enorme e, neste sentido, Portugal tem integrado a sua política marítima, ordenado o seu espaço marítimo e promovido energias renováveis oceânicas de forma a criar todas as condições para estar na linha da frente ao nível da economia azul”, frisou.
Notícia publicada com base na notícia original do jornal Público: https://www.publico.pt/2023/10/04/azul/noticia/governo-antecipa-criacao-30-areas-marinhas-protegidas-2026-2065632